Uma interessante analogia a respeito da relação teórico-prática e de como deveria ser o currículo escolar na visão de Rubem Alves
[...] gostaria então que os nossos currículos fossem parecidos com a "Banda", que faz todo mundo marchar, sem mandar, simplesmente por falar as coisas de amor. Mas onde, nos nossos currículos, estão estas coisas de amor? Gostaria que eles se organizassem na linha do prazer: que falassem das coisas belas, que ensinassem Física com as estrelas, as pipas, os piões e as bolinhas de gude; a química com a culinária; a Biologia com as hortas e os aquários, Política com o jogo de xadrez, que houvesse a história cômica dos heróis, as crônicas dos erros dos cientistas, e que o prazer e suas técnicas fossem objetos de muita meditação e experimentação... Enquanto a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos fragmentos de futuro em que a alegria é servida como sacramento, para que as crianças aprendam que o mundo pode ser diferente. Que a escola, ela mesma, seja um fragmento de futuro [...]
Rubem Alves, (1986,pp. 106.107)
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